A grande questão desta discussão, que eu não vi ninguém comentar acima, é que criança tem PRIORIDADE ABSOLUTA, os interesses da criança tem de se sobrepor aos da família. Hoje em dia o crack acomete pessoas de todas as idades e “classes sociais”, quem trabalha na area sabe.. Acredito que a lei favoreça a família até demais pois sou assistente social e ja trabalhei em um abrigo, e vcs não imaginam a frustração que é você presenciar o crescimento de um bebe recém nascido ate completar dois anos de idade dentro de uma instituição de acolhimento (que fique claro que isso só ocorre quando não existem pessoas da familia que queiram ficar com a criança), ainda mais considerando a realidade da maioria dos nossos abrigos. a criança perde uma importante fase de desenvolvimento por falta de estimulo e de vinculo familiar, pois na maioria absoluta das vezes a mãe infelizmente não consegue se recuperar, sequer visita o filho por falta de discernimento (claro que a falta de estrutura para tratamento adequado também conta), e o pior de tudo é que a cada ano surge um novo filho. Existem vários casos de grupos de irmãos de 4, 5, e até 8 irmãos que as crianças vão nascendo, vão pro abrigo e la ficam pois é preferencial que não se separem os irmãos. vcs conseguem imaginar esta realidade? isso acontece não só com usuárias de drogas mas também com mulheres com deficiência mental, acredito que pelo mesmo motivo, não é a pobreza, mas sim a falta de discernimento destas mulheres.
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